sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009




"Paixão...
... é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma.
As paixões são como ventanias
que enfurnam as velas dos navios,
fazendo-os navegar;
outras vezes podem fazê-los naufragar,
mas se não fossem elas,
não haveriam viagens
nem aventuras
nem novas descobertas."

Voltaire

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Por Paulo Coelho



... "Não importa o quanto pesa.



É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.



Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.




Não temos a menor idéia de qual seja o seu manequim.



Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem.



Não importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.



As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas...



Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.



As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.



Suas modas são rectas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-lo.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom tracto, são equivalentes a mil viagras.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.



Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha,simpática, tranqüila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez!



Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dito por uma mulher: "Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade,que outra mulher é linda".
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas, somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce.



Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que se podem meter no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, a qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas dedesenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência e culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza.



São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa's...VIVERAM!



O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.



Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!A beleza é tudo isto."



Paulo Coelho




A todas as mulheres com mais de 40

Tome a mesma mulher aos 20 e aos 40 anos...
No segundo momento; ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.

Ela perde o frescor juvenil, é verdade.
Mas perde também o ar inseguro de quem ainda não sabe o que quer da vida, de si mesma,e dos homens.

Não sustenta mais aquele ar ingenuo, uma característica sexy da mulher de 20, só que é compensado por outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 40.
Como se conhece melhor, é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma, e com seu homem.

Aos 40, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e com seu cheiro cíclico.
Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível.
Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando que for feio e baixo-astral.

Ela só quer é ser feliz !!!
Se o seu homem não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.

Aos 40 anos, a mulher sabe se vestir.
Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar.
Sabe escolher sapatos, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo.
Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor.

E tem gestos mais delicados e elegantes.
Aos 40, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar.
E finge indiferença com mais competência quando interessa repelir.
Ela não é mais tontinha.
Não que fique menos inconstante.

Mulher que é mulher, se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor.
Mas, aos 40, ela já sabe lidar melhor com este aspecto peculiar da condição feminina.
E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam - e quem mais estiver por perto, irremediavelmente.

Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 40, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas.
Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos.

Aos 20 a mulher é escolhida. Aos 40, é ela quem escolhe.
E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem.
Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo.
Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exacta.

A mulher aos 40, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Aos 40, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada.

Até seus dentes parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes.
Sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é o da oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade.

Aos 20, ela rói as unhas. Aos 40, constrói para si mãos plásticas e perfeitas.
Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave.
Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável.

Acontece também alguma coisa com os cílios, o desenho das sobrancelhas...
O jeito de olhar fica mais glamuroso,sexualmente mais arguto.

Aos 40, quando ousa no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio.
No jogo com os homens, já aprendeu a actuar no contra-ataque.
Quando dá o bote, é para liquidar a fatura.
Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado.

Mostra sua força na hora certa e de modo subtil.
Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor, antes de chegar o ponto de precisar exibi- lo.

Consegue o que pretende sem confrontos inúteis.
Sabiamente, goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do facto de ser mulher.

Se você, anda preocupada porque não tem mais 20 anos, ou porque ainda tem mas percebeu que eles não vão durar para sempre, fique tranqüila :
É precisamente aos 40 que o jogo começa a ficar bom.


sábado, 21 de fevereiro de 2009

Angel...Gabriel by The Lamb







L'amore tra due persone

non si misura dal numero di volte che toccano l'un l'altro,

ma il numero di volte che raggiungono l'un l'altro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


" (...) Do que gosto mais em ti é dos teus defeitos,

dos teus pecados, da tua mentira que odeias.

Para se gostar mesmo, como eu gosto de ti, é preciso dar atenção ao de que não se gosta nada das outras vezes,
mesmo nada,
isso é que é gostar como eu gosto de ti, é isso, só isso, que me faz gostar de ti.

As tuas qualidades dão-me tédio,
já to disse mas repito,
os teus feitos são mortais,
mas os pecados, esses são só teus.
E meus, se tu quiseres.
E não quero que te corrijas, comigo, pelo menos, não quero.
Mesmo que se torne dificil, insuportavel, impossivel de viver, tudo menos isso, até morrer.

De um momento para o outro podemos desaparecer, vamos mesmo desaparecer, não esqueças.

Porque queres tu que os meus labios sejam só teus?

Porque só eles são iguais aos teus.

E para que serve o amor, diz-me já.


Serve para perder o medo. "


In:

Muito, meu amor
Pedro Paixão

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Palavras renascidas num lugar onde a luz se perdeu...


Dos meus olhos

Descem lágrimas ocultas

Gotas de água

Que brotam

Renascidos das cinzas

Dos tormentos apaziguados

Da tristeza renascida

Das lembranças guardadas

Da voz ouvida pelas madrugadas

Já perdida no ontem passado

Pois o hoje se cala

Das palavras audíveis

Do silencio da solidão acabrunhada

Do olhar minguado

Da dor que grita, que fala

Descrevendo decisões infrutíferas

Que jazem no peito ateado.

Palavras renascidas num lugar onde a luz se perdeu...


Hoje apetece-me sair de mim...


Deixar que o vento me despenteie os cabelos ja desalinhados...


Entrar mar Dentro...


Deixar-me aniquilar pelas ondas suaves... que percorrem o meu corpo...


Possuir a noite... e aninhar-me contra o dia...


Hoje apetece-me sair de mim...


Percorrer o teu corpo como se de uma planicie se tratasse...

Atravessar deserto sedentos de mim...

Entar em ti e aí permanecer...

Dar de beber a dor...

levar aos limites todo o prazer... que em ti posso beber...

Hoje apetece-me palavras loucas e sem sentidos...

Hoje apetece-me partir...

Hoje apetece-me chegar onde nunca cheguei...


Hoje...

Só hoje...

Porque do ontem eu já não sei... e porque do amanhã quem sabe...

Hoje apetece-me...


...ir com as aves...



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

" Apetece-me..."




" Apetece-me abrir-te as pernas e lamber-te.


Fazer isso durante muito tempo até ouvir a tua voz perder-se e depois entar por ti adentro mantendo o ritmo e a distância para te poder ver numa perspectiva de observador imparcial.


Inquietar-te com pequenas perguntas violentas, fazer-te repetir desejos e segredos, abusar de ti sem remorso nem perdão.

Quero que venhas uma e depois outra vez mais lentamente. Que acabes por chorar baixinho e me peças tudo de novo outra vez.


Esquece-te de mim.

Não sou eu.

És tu que vens para me livrar de mim.

Eu por mim repetia já este intervalo elementar fora das garras do tempo.

Começo por aqui. Heide-de ir não sei para onde. Agora do mundo só me interessa este quente, sombrio e húmido minusculo pedaço do teu corpo a encher-te de prazer com a minha boca.

Não ha nada como isto para me livrar de mim. Tu que dizes?

Calemo-nos.

- O meu sexo é enorme. O teu é pequenino. Belo contraste neste fim de tarde em que tudo sabe a mar profundo e a esquecimento.

O meu sexo é pequeno. O teu enorme. Engole-me por completo, peço-te, e que não fique nada destas horas em que nos demos.

Vem e desfaz-me, querida.

Não quero saber de nada.

Morde-me a orelha como um furacão.

Agarra-me com a tua boca por cima do coração.

Encontra o ponto subtil em que me fazes vir a ti.

Faz-me esquecer de mim,

que o meu sexo és tu que o tens em ti. "



In Vida de Adulto

Pedro Paixão






" Em todas as lágrimas ... há uma esperança..."
Simone de Beauvoir

domingo, 15 de fevereiro de 2009




" Levantou-se a manhã nos meus cabelos


Como se fosse um pássaro em viagem.


E eu estendi as mãos para tocá-los


Não sei se por amor se por coragem.


Então dormiram estrelas no meu leito,


Então domei corcéis de solidão.


Por ti rasguei estradas sobre o peito


Para poder chegar ao coração. "



( Joaquim Pessoa )

NINGUÉM PODE CONSTRUIR EM TEU LUGAR

AS PONTES QUE PRECISARÁS PASSAR,

PARA ATRAVESSAR O RIO DA VIDA

NINGUÉM,

EXCEPTO TU, SÓ TU.

EXISTEM, POR CERTO,

ATALHOS SEM NÚMERO,E PONTES,E SEMI-DEUSES

QUE SE OFERECERÃO PARA LEVAR-TE ALÉM DO RIO;

MAS ISSO TE CUSTARIA A TUA PRÓPRIA PESSOA;

TU TE HIPOTECARIAS E TE PERDERIAS.

EXISTE NO MUNDO UM ÚNICO CAMINHO

POR ONDE SÓ TU PODES PASSAR.

ONDE LEVA?

NÃO PERGUNTES, SEGUE-O.


(NIETZSCHE)




Ninguém avança pela vida em linha recta.

Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário.

Por vezes, saímos dos trilhos.

Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó.

As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar.

No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver.

Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo.

Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho.
Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável.

É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o
fragmento da nossa vida que decidamos tratar. “


Henry Miller



sábado, 14 de fevereiro de 2009

S. Valentim... eterno guardião dos namorados


As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações – umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.
A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, mas o santo dos namorados pensa-se ter vivido no século III, em Roma, tendo morrido como mártir no ano 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II. Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou… foi proibir os casamentos dos jovens!
Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem do imperador e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos casais em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.
A lenda tem ainda algumas variantes que acrescentam pormenores a esta história. Segundo uma delas, enquanto estava na prisão Valentim era visitado pela filha do seu guarda, com quem mantinha longas conversas e de quem se tornou amigo. No dia da sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhete dizendo «Do teu Valentim».
Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com a cristianização progressiva dos costumes romanos, a festa de Primavera, comemorada a 15 de Fevereiro, deu lugar às comemorações em honra do santo, a 14 de Fevereiro.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação a S. Valentim, mas deve-se ao facto de assinalar o princípio da época de acasalamento das aves.
Com o decorrer do tempo, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França – e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializados no início do século XIX. Actualmente, o dia de S. Valentim é comemorado em muitos países do mundo como pretexto para os casais de namorados trocarem presentes.

Feliz Dia dos Namorados a todos!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009



"... Não é um vicio não, é uma vingança. Acontece quando acordo a meio da noite e estico os braços à procura e não sei que estou só.
A cama é grande e só do meu lado está desfeita.
Acordo à procura do corpo que faz falta e só tenho o meu que está a mais. Fecho os olhos, como se já não estivessem fechados, e o que está dentro de mim é uma ânsia.
Então chegam imagens de um corpo antes de saber que é o dele. Um corpo não, pedaços de um corpo, pequenas alucinações.
Duas mãos começam a agarrar-me as ancas e uma boca a bafejar-me a cara.
É ele que fala. Ouço dizer-me as coisas que me diz e calo-me. Ouço-o chamar os nomes que me chama e eu não vou. Começo a desfazer-me para que me faça. O corpo que eu toco não é de ninguem.
Quando não basta repete, quando não basta repito. E depois ha uma coisa que vem de muito longe e não quer acabar de vir. Vem a mim, que eu não consigo ir a ela.
Estou comigo. Não é um corpo não. É um fugir. Um barulho. Qualquer coisa assim que vem, que agarra e passa. Um bicho. Não é um corpo não, porque os não há.
às vezes ouço-me gritar, ou julgar que grito e depois fico quieta como se corresse perigo.
Começo a pensar nele e acabo a pensar em mim, os cabelos desfeitos, uma ânsia sem fim. "


In Pedro Paixão
Vida de Adulto

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


Odio chi ruba il silenzio in cambio io non offrono reali società...

Nietzsche

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A todos os que amam...


O amor é de facto um momento...
mas um momento que dura para sempre...
Feliz dia dos Namorados!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

As palavras estão gastas, meu amor!


"Já gastámos as palavras pela rua,

meu amor,

e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.

Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,

gastámos as mão à força de as apertarmos,

gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.

Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!

Era como se todas as coisas fossem minhas:

quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!

e eu acreditava.

Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,

no tempo em que o teu corpo era um aquário,

no tempo em que os meus olhos eram peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.

É pouco, mas é verdade,

uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.

Quando agora digo: meu amor...,

já se não passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,

tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.

Dentro de ti não há nada que me peça água.

O passado é inútil como um trapo.

E já te disse: as palavras estão gastas. "

Adeus.

(Eugénio de Andrade)



Em cada um de nós há um segredo,


uma paisagem interior

com planícies invioláveis,


vales de silêncio

e paraísos secretos.

(Saint Exupéry)

sábado, 7 de fevereiro de 2009



"A distância entre nós pode ferir-me profundamente,

mas nada me fará esquecer-te.

Um milhão de palavras não podem fazer que voltes.

Sei-o, porque tentei-o.

Também não um milhão de lagrimas.

Sei-o porque chorei até não poder mais..."



" De que valeu?

De que valeu o suspiro de saudade?

De que valeu a melancolia pelos desencontros?

De que valeu a esperança por novo encontro?

De que valeu as luzes de vela?

De que valeu aquele sorriso seguido de uma dança?

De que valeu o desejo dos nossos corpos?

De que valeu querer tanto que os nossos destinos se encontrassem?

De que valeu o vento nos nossos rostos?

De que valeu o beijo com gosto de quero outro?

De que valeu dizer "esperei muito tempo por este momento"?

De que valeu o abraço quando a saudade era maior que nós os dois juntos?

Diz, de que valeu a espera sem saber que um dia teríamos este desencontro?
Eu já sei responder...e tu sabes?

Podes fazê-lo... "



Por: Mico

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Talvez nunca entendesses que desisti de uma parte de mim quando desisti de ti...











"... A verdade é que nem sempre fazemos as melhores escolhas....



Nem sempre de facto temos as melhores atitudes e a isso chamamos errar...
É por isso que alguém quando inventou a linguagem resolveu inventar a palavra perdoar...
Porque ninguém existe só e não podemos ser tão pretensiosos que pensamos que nós não erramos nunca!
É normal e aceitável que pensemos sempre na nossa prespectiva e que o sofrimento do mundo pareca sempre menor que o nosso porque somos nós que sentimos e sabemos o quanto dói...
Por vezes os nossos proprios gestos magoam e nós não sabemos...
E foi por isso que alguém também inventou as lágrimas.... porque a boca nem sempre diz o que coração sente... às vezes por medo, por vergonha, por algo que nem nós conseguimos explicar...
Ou por vezes a boca revela a rispidez que nem sentimos...mas que às tantas transparecemos sem saber a razão... mas algo nos feriu e temos de rebentar...
O ser humano é sempre complicado....demasiado elaborado para a sua própria compreensão...
Talvez as nossas próprias mentes sejam demasiado rudimentares para se compreenderem a elas mesmas quanto mais ao resto do mundo...
As relações humanas são de facto demasiado complexas e no fundo, para alguém nos desiludir basta-nos fazer uma coisa... ESPERAR!

Há sempre o momento... porque erros... a nossa vida está cheia deles...
Por isso mesmo digo que talvez nem sempre tenha escolhido o certo...
Mas ha sempre momentos em que devemos ter um pouco de egoismo e pensar somente em nós... às vezes magoamos pessoas, é verdade e sentimo-nos legitimados por também já termos sido magoados...
A vida é um ciclo no minimo estranho... mas faz sentido no fundo...
Às vezes partimos em busca do que não devemos... damos tudo pelo que não deveriamos dar nada...
Outras vezes damos nada pelo que deveriamos dar tudo...
Somos frios...demasiado carinhosos...brutos...demasiado submissos...trocamos as voltas a nós mesmos e no fim somos uma mistura de atitudes...de escolhas...
Umas certas, outras não...
E só o tempo nos pode fazer olhar para tudo com clareza...às vezes a mágoa é mais forte que a razão...às vezes não sabemos esquecer...
Por muito que exista muito mais para além do mau que sentimos por dentro...por vezes existe o bom...mas nem sempre queremos lembrar o bom...
Dói sempre mais...
Nem sempre as coisas são como vemos na totalidade mas no fundo também sabemos o que queremos ver...por vezes vemos o mal e queremos tanto ver o bem que já o vemos sem ele de facto existir...
Outras vezes queremos somente ver o mal porque o mais infimo bem que exista vai-nos fazer fraquejar.....E o dificil na vida são aquelas decisões que nos momentos de fraqueza nos fazem querer voltar atrás...

Mas o coração sabe aquelas razões que nem sempre a boca diz...ou que não queremos reconhecer... em sempre o mundo falha para nós e nós não falhámos para o mundo...não é de facto assim...

Há alturas na vida em que de facto o mundo falha e nos deixa desamparados... há muitas alturas sim...
E por muito que queiramos pensar que esse mundo nos faz falta...é um mundo que magoa...dói...
Por muito que tudo o resto tenha sido errado... por muito que o presente não seja o melhor...por muito que a luta esteja no inicio e não no fim... a vida ensinou-me com o tempo que no passado não há respostas...

Por vezes é no passado que estão as verdadeiras perguntas...

E será que este presente é de facto real??? ou foi alguma vez???? Ou será que mais uma vez a vontade de acreditar é tanta que acreditamos sem querer numa coisa que nem sentimos só porque o mundo falhou connosco...
Talvez no fundo saiba aquelas coisas que não digo...
Que o presente não existe...que nunca o senti...e que somente era mais fácil ter força para desistir do passado se encontrasse um presente para não afundar...
Talvez tudo fosse uma desculpa para me sentir mais forte para abandonar a dor que ainda doi... porque na verdade, se o presente fosse tao importante assim... não era no mundo que me falhou para onde eu teria vontade de correr quando o resto do mundo está mal...
E é nesse mundo que existe um abrigo...

Mas é mais fácil pensar nos erros do mundo...por muito que esse mundo seja parte do nosso proprio mundo...

Nem sempre é fácil seguir por outro caminho...
O mundo la fora também dói...
Mas depois de tanto, seria inutil, seria infrutifero e um veneno que mata devagar...
Por muito que o mundo não saiba o que se pensa... por muito que o mundo pense que existe raiva do lado de lá...

A boca não diz o aperto que o coração sente pela falta do mundo no nosso mundo...
Mas nem tudo é perfeito.... e há coisas que simplesmente não podem ser...há limites na vida que necessitam de existir...

Há escolhas que não são fáceis por muito que agente saiba que também errou...mais...ou menos.... não importa a quantidade, por muito que saibamos que também somos frágeis, que tambem ha dedos para nos apontar...

O que nos dói os erros do mundo parece tanto que no fundo pensamos que nenhum erro nosso atinge esse mundo impenetrável que nunca nos deixou conquistar...
Nem sempre é facil compreender... talvez nenhum de nos se compreenda ou alguma vez tenha compreendido...

Talvez seja de facto a mente humana que seja demasiado complexa...
Talvez não tenhamos dito as palavras certas.... talvez não tenhamos sabido explicar...talvez...
Mas não escolhemos o mundo que amamos e por vezes esse mundo não sabe conviver com o nosso amor...

Talvez não tenha sido a altura certa... as palavras certas...o momento ideal...talvez não tenha sequer sido a vida certa...talvez não tenha sido a intensidade correcta no momento exacto...
Talvez tanta coisa e tudo isso...

E a unica certeza é que não se pode modificar...não se pode corrigir nem emendar...já passou...

E é pela falta de conformação que a distancia se impõe...é necessária...

Porque embora os olhos da alma vejam... os olhos do coraçao nao enxergam...é uma escolha...que talvez não seja fácil de entender...mas é a nossa vontade de partir por não suportar a dor de estar presente a ver ir e vir o mundo que queriamos ter dentro do nosso mundo...apesar de todas as falhas...apesar de tudo...

Com o tempo... a distancia vai afastando esse mundo da nossa vida e do coração...porque o tempo tem esse dom...mas a saudade... essa fica...e não é por um presente meio inconsciente que se esquece uma vida...apenas se intertém a alma...o corpo...o coração... com pequenos malabarismos da emoçao do que é novo e desperta curiosidade...

Só que o que permanece é aquilo que de facto um dia aprendemos a amar...embora esse amor seja já uma sombra...e permanece a questao de nunca sabermos o que o mundo pensa de nos...
E pensamos em todas aquelas coisas que nunca dissemos mas ja nao vamos querer dizer mais... não queremos lembrar...não queremos pensar...mas infelizmente ainda não se manda nos sonhos...

E talvez um dia..... fruto da nossa propria decisão...consigamos sorrir das boas lembranças sem doer no coração...
Pena que o mundo não entenda nem saiba, mas talvez seja melhor... talvez de facto a nossa decisao estivesse escrita nalgum lugar para ser tomada e talvez tudo isso tivesse de acontecer...
E todas as palavras ditas...têm tantos significados diferentes...a boca esconde tanto por fazer sofrer o coração...

Por ter falado tantas vezes e nunca ter servido de nada...nunca ter tocado em nada...palavras que iam e vinham e acabaram por se gastar...que não adianta mais serem ditas...
E talvez tenha sido demasiado tempo para perceber que seria melhor assim...desistir...desistir de procurar um conjunto de coisas que já não têm sentido...
Porque não conseguimos compreender o resto do mundo quando nos magoa a alma, vemos aquilo que nos corta cá dentro e nada mais...
E dói não poder dizer que existe saudade...mas que somos mais fortes que essa saudade porque simplesmente não queremos que doa mais...
E guardamos cá dentro todas as palavras que não mais diremos por medo de fazer o coração sentir o que a boca diz...em vão...e aí... toda a nossa escolha perderia a força e se não acreditar-mos nela não há mais maneira de seguir em frente...deixar o mundo partir...e escolher outra direcção para caminhar...
Nada dói mais do que obrigar-nos a esquecer tudo aquilo que somente quisemos amar...
E nunca te direi uma só palavra de tudo que acabei de escrever..."


"... Paro quando chego perto de ti e envolvo-te nos meus braços, anseio por este momento, mais do que qualquer outro, é a razão da minha vida. E quando tu retribuis o meu abraço, eu entrego-me a esse momento e fico em paz."


In "As Palavras Que Nunca Te Direi" - Nicholas Sparks

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Precisa-se de um amigo...



Precisa-se de um amigo...

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.

Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.

Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaros, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.

Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor..

Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.

Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.

Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.

Tem que ter ressonâncias humanas, o seu principal objectivo deve ser o de amigo.

Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.

Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.

Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.

Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.

Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.

Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência de que ainda se vive.


(autor desconhecido)