terça-feira, 31 de março de 2009

Facil e Dificil..




Eterno é aquilo que dura uma fracção de segundo mas com tanta intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgasta

facil é ouvir a musica que toca.. Dificil é ouvir a nossa consciência mostrando-nos que fizemos escolhas erradas...

Facil é ditar regras, dificil é segui-las e ter a noção exacta das nossas proprias vidas...em vez de ter a noção da vida dos outros...

facil é perguntar o que se deseja saber, dificil é estar preparado para escutar a resposta ou querer sequer entende-la...

Facil é chorar ou sorrir, quando tivermos vontade...
Dificil é sorrir com vontade de chorar ou chorar a rir de alegria...

Facil é dar um beijo... dificil é entregar a alma sinceramente por inteiro...

Facil é sair com muitas pessoas ao longo da vida... dificil é entender que pouquissimas delas te aceitam com és e que te fazem feliz por inteiro...

Facil é ocupar um lugar no livrinho de endereços... dificil é ocupar o coração de alguem... e saber que se é realmente amado...

Facil é sonhar todas as noites...
Dificil é lutar por um sonho...

Facil é mentir aos "quatros ventos" o que tentamos camuflar... dificil é mentir ao nosso coração...

Facil é o que queremos "olhar"...
Dificil é saber que nos iludimos com o que achamos ter "visto"...

È dificil...

Facil é dizer "oi" ou "como vais?" dificil é dizer "Adeus" pricipalmente quando somos culpados pela partida de alguém das nossas vidas...
dificil é também dizer Adeus a alguem quando NÃO somos culpados pela sua partida das nossas vidas...

Facil é abraçar
apertar as maos
beijar de olhos fechados
dificil é sentir a energia que é transmitida... aquela que toma conta do corpo como uma corrente electrica quando tocamos a pessoa certa

Facil é querer ser amado, dificil é amar completamente so...

Amar de verdade
sem ter medo de viver
sem ter medo do depois
amar e entregar-se...e aprender a dar valor somente a quem te ama

Falar é completamente facil, quando se tem palavras em mente que expressam a tua opinião...

Dificil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer...o quanto queremos dizer antes que a pessoa se vá...

Facil é julgar pessoas que de uma forma ou de outra ja estão expostas pelas circustâncias...

Dificil é encontrar e refletir sobre os seus erros ou tentar fazer diferente algo que se fez muito mal...

Facil é ser colega,
fazer companhia a alguem,
dizer o que ele deseja ouvir.
Dificil é dizer sempre a verdade quando for preciso...

Facil é demonstar raiva e impaciênia quando algo te deixa irritado..
Dificil é expressar o teu amor a alguem que realmente te conhece, te respeita e te entende...

E é assim... que perdemos pessoas especiais!!

quinta-feira, 26 de março de 2009

... HURT...


De vez em quando eu penso em ti
então minha voz se cala
meu corpo estremece
e meu coração bate desesperadamente...
uma lágrima se atira a esmo no espaço e meus olhos se perdem no infinito.
De vez em quando eu te sinto acariciando o meu rosto
balançando a cabeça,
teus cabelos roçando o vento
tua voz acariciando meu ser
De vez em quando eu te encontro perdida em meus passos
indomável diante dos meus braços
distante do meu sentimento.
De vez em quando eu penso em ti como uma andorinha que se foi
como um raio que se apagou
ou uma luz que se perdeu no mar
de vez em quando eu te pressinto tão perto e tão longe
tão perto que nem posso te alcançar
tão longe que não consigo te esquecer.
De vez em quando eu choro e não consigo conter a minha dor por não poder te ter
por não poder te amar
por não suportar a força que temo
rastro de uma felicidade
de vez em quando eu te tenho junto a mim,
pois és no meu amargo sentir
a chama de uma saudade
Fernando Barbosa Filho

domingo, 22 de março de 2009

O meu derradeiro pedido..




É incontestável que vivemos os mais divinos momentos de um grande amor.



Tão incontestável quanto a felicidade que fez parte das nossas vidas, enquanto estivemos juntos. Tão verdadeiro quanto os sentimentos que nos uniram determinando a nossa total entrega, um ao outro, de boca fechados a todos e a tudo que ousasse interferir nas nossas vidas.



É indiscutível o sublime que alcançou o nosso relacionamento, pautado sempre pela cumplicidade, pela alegria, pela sinceridade, pela certeza do reencontro de almas que se completavam e que sempre se procuraram.
Tão importantes e reais foram os sonhos que juntos sonhamos, quanto foi cada segundo das nossas vidas, enquanto elas se fundiram numa só, transformando-nos num só corpo alimentado por duas almas que se completavam sem culpas, sem medos, sem melindres, sem mistérios e com total transparência.



Hás-de concordar comigo que jamais nos enganamos ao acreditarmos que ninguém seria capaz de amar tanto quanto nós, com a mesma pureza, a mesma lealdade, a mesma entrega, a mesma franqueza, a mesma serenidade, porque puro e completo era o sentimento que nos tinha aproximado e que soubemos regar com carinho, ternura, simplicidade, objectividade, respeito, integridade e dignidade.
Óbvio que, por sermos humanos e termos recebido a graça de nos reencontrarmos neste planeta, nesta vida, fomos também aguilhoados com a dádiva de enfrentarmos situações opostas por nós sonhadas, o que nos fez crescer e nos deu a oportunidade de nos conhecermos ainda mais, brindados que fomos com as intempéries de todos os tipos, permitindo-nos revelar os nossos vários estados de espírito e humor, extravasando as nossas inseguranças, carências, medos, desconfianças, ciúmes, decepções, frustrações e defeitos, sendo certo, também, que nada disso foi superior à magnitude do nosso amor, da nossa honra, da nossa dignidade, dos nossos princípios, da essência das nossas almas e dos nossos corpos.



Fomos, em suma, dois seres que se apaixonaram louca e perdidamente, que transformaram esse sentimento no mais sublime amor sem que perdêssemos a paixão que os nossos corações revelaram ser sensata, porque jamais desprovida de sanidade.
Não temo e menos ainda me envergonho de afirmar qualquer uma dessas características que formaram o conjunto de um relacionamento vivido intensa e verdadeiramente, dotado do mais puro e bonito amor que se enraizou nos nossos corações após as nossas regas sinceras, repletas do mais terno carinho, de toda a compreensão, de toda a entrega que nós permitimos um ao outro, porque a semente já viera plantada em nós, sabe-se lá há quantas vidas. Permitiu que realizassemos juntos, todos os sonhos possíveis, em cada momento em que nos fizemos presentes de alguma forma, ainda que tão-somente através dos nossos pensamentos. Agora, faço um derradeiro pedido.
Certamente ele seria desnecessário, porque nos conhecemos um ao outro, muito mais do que a nós mesmos – uma vez que jamais fomos estranhos e não foi nesta vida, com toda a certeza, aprendemos a nos amar e que nos descobrimos -, por mais que nós dois tenhamos tentado nos revelar o oposto do que somos, sempre em razão das nossas dores, das nossas frustrações, das nossas mágoas, das nossas feridas, da nossa incompreensão aos actos e palavras despejados por ambos nos momentos em que sangravam os nossos corações. Assim, peço-te, do fundo do coração: não permitas que nada, nem ninguém, apague o que de mais bonito existiu entre nós; medica toda e qualquer chaga que porventura ainda esteja aberta, para que não haja dor entre nós; não deixes que qualquer nódoa ou cicatriz apague ou extermine, do teu coração, os momentos mais felizes das nossas vidas, vividos com o mais belo e puro amor nascido de nós e vivido por nós; nunca esqueças a felicidade que vivemos, jamais me substituas dentro do teu coração, reservando sempre, para mim, o espaço que me foi concedido por ti para guardar o meu coração dentro do teu, já que o meu eu entreguei-te com todo amor; não permitas aos teus pensamentos que a minha imagem seja denegrida, que eles esqueçam quem eu sou verdadeiramente, o que representei para ti, o que fomos e somos um para o outro; não me queiras mal um só momento sequer; não esqueças o quanto eu sempre te amei; acredita sim, no fundo da tua alma, que sempre estarei à tua espera, sentido o mesmo amor que sempre senti por ti, porque ele é tão-somente teu; não sofras, não procures a dor, não a aceites, não te deixes enganar por sentimentos que poderão assemelhar-se ao nosso amor, mas que, nós dois sabemos, jamais estarão próximos de parecer-se com ele, porque ele é único, é insubstituível, é indestrutível, é eterno.
Por fim eu peço-te: não deixes apagar o sorriso dos teus lábios, a ternura da tua voz, a sensibilidade da tua alma, o respeito que sempre pautou o nosso convívio enquanto fomos felizes juntos, a alegria das tuas palavras, a honestidade das tuas atitudes, a sinceridade que pautou o nosso relacionamento, o teu bom humor, a tua alegria, a tua felicidade... Não foi por acaso que nos encontramos, que nos deixamos levar por um relacionamento que começou com a mesma força do amor que hoje existe dentro de mim, que nos entregamos, que nos sentimos as pessoas mais felizes deste mundo! Não foi sem razão que os nossos corações dispararam, os nossos olhos brilharam, os nossos pensamentos viajaram, os nossos corpos tremeram, as nossas peles vibraram... Também deve haver alguma razão para que tudo tenha conspirado contra a nossa união. Talvez não tivesse chegado, ainda, o momento das nossas almas se unirem para sempre...

sexta-feira, 20 de março de 2009








Aqui sou eu em tudo quanto amei ...
Em tudo... onde me perdi...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Para um pai em especial... o Meu!




As manhas costumavam ser singelas, simples dias sem complicações nem grandes amarguras, eras tu pai, com os teus braços que me protegias...


era a tua presença que me acalmava...


era a segurança de uma voz de uma presença...


De ti guardo as lembranças de uma infância...quase esquecida...


Guardo-te em mim e onde quer que estejas...


onde quer que habite a tua alma..


sei que sabes que nunca me esquecerei de ti...


Eu sou uma parte de ti... para sempre!




Feliz dia Pai

quarta-feira, 18 de março de 2009





Talvez amar alguém seja o único ponto de partida para tornar nossa... a nossa vida...




"O amor nasce do prazer de olhar um para o outro,
é alimentado pela necessidade de ver um ao outro,
e é concluído...
com a impossibilidade da separação!"


Jose Marti Y Perez

segunda-feira, 16 de março de 2009

A tua Ausencia...




Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral,

a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo
sem consulta
sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave do que o acto sem continuação,
o acto em si,

o acto que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,

de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos,

nem isso,

voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste,

porque te foste ...


Carlos Drummond de Andrade



Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade... Trancar o dedo numa porta dói.

Bater com o queixo no chão dói.

Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé , doem.

Dói bater a cabeça na quina da mesa,

Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe, Saudade de uma cachoeira da infância, Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais, Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu, Saudade de uma cidade, Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem estas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.

Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.

Saudade da presença, e até da ausência consentida.

Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.

Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.

Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber.

Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.

Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.

Não saber se ela ainda usa aquela saia.

Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.

Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,

Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,

A encontrar a página do Diário Oficial,

se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,

Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,

Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!

Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,

Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,

Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.

Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia

E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler.


Martha Medeiros



Saudade é solidão acompanhada,

é quando o amor ainda não foi embora,

mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,

é recusar um presente que nos machuca,

é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,

é a dor dos que ficaram para trás,

é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:

aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:

não ter por quem sentir saudades,

passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.


Pablo Neruda

sábado, 14 de março de 2009





Se tu me amas,

ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres,

enfim,

tem de ser bem devagarinho,

Amada,

que a vida é breve,

e o amor mais breve ainda...



Mário Quintana

Sentes como te percorro num sonho...???


Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem,
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu - eco da lua
E dos jardins,
os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos,
Aqui sou eu em tudo quanto amei
Não por aquilo que só atravessei
Não p'lo meu rumor que só perdi
Não p'los incertos actos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei

Sophia de Mello Breyner Andersen

quinta-feira, 12 de março de 2009




A minha desforra são palavras.

Levanto-me de manhã amarrotado pelo peso inclemente das mentiras

e vazo no real outro real

das letras que ninguém vislumbrará.

O pássaro que canta é uma palavra,

é uma carta escrita a este,

àquele,

que me saiu do lápis da amargura;

tudo se refaria se jamais feita fosse alguma coisa que a minha mão não desse.

Desforro-me sem gosto.

Desforro-me sem gasto,

acorrentado ao que me vem de trás

e ao que virá

e que não sei se quero.


[in Analogia e Dedos, Oceanos, 2006]
Pedro Tamen

segunda-feira, 9 de março de 2009

Vejo-me do outro lado de mim...




Se pudesse atravessar o espelho... iria...
para o outro lado de mim...



sábado, 7 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher






"Não se nasce Mulher: torna-se"



Simone de Beauvoir




Dia Internacional da Mulher




Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa.


Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar.


Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta na Europa e nos EUA.

LENDA E REALIDADE


"A lenda" do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.


Em 1982, duas investigadoras, Liliane Kandel e Françoise Picq, demonstraram que a famosa greve feminina de 1857, que estaria na origem do 8 de Março, pura e simplesmente não aconteceu (1), não vem noticiada nem mencionada em qualquer jornal norte-americano, mas todos os anos milhares de orgãos de comunicação social contam a história como sendo verdadeira («Uma mentira constantemente repetida acaba por se tornar verdade»).


Verdade é que em 1909, um grupo de mulheres socialistas norte-americanas se reuniu num "party’, numa jornada pela igualdade dos direitos cívicos, que estabeleceu criar um dia especial para a mulher, que nesse ano aconteceu a 28 de Fevereiro.


Ficou então acordado comemorar-se este dia no último domingo de Fevereiro de cada ano, o que nem sempre foi cumprido.


A fixação do dia 8 de Março apenas ocorreu depois da 3ª Internacional Comunista, com mulheres como Alexandra Kollontai e Clara Zetkin.


A data escolhida foi a do dia da manifestação das mulheres de São Petersburgo, que reclamaram pão e o regresso dos soldados.


Esta manifestação ocorreu no dia 23 de Fevereiro de 1917, que, no Calendário Gregoriano (o nosso), é o dia 8 de Março.


Só a partir daqui, se pode falar em 8 de Março, embora apenas depois da II Guerra Mundial esse dia tenha tomado a dimensão que foi crescendo até à importância que hoje lhe damos.A partir de 1960, essa tradição recomeçou como grande acontecimento internacional, desprovido, pouco e pouco, da sua origem socialista.
(1)Se consultarmos o calendário perpétuo e digitarmos o ano de 1857, poderemos verificar que o 8 de Março calhou a um domingo, pelo que nunca poderia ter ocorrido uma greve nesse dia de descanso semanal.
(Pesquisa efectuada por Maria Luísa V. Paiva Boléo)

Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.Se, nos nossos dias, perante a lei da maioria dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Produto de uma mentalidade ancestral, ao homem ficava mal assumir os trabalhos domésticos, o que implicava para a mulher que exercia uma profissão fora do lar a duplicação do seu trabalho. Foi necessário esperar pelas últimas décadas do século XX para que o homem passasse, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras.Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade.O número de mulheres em lugares directivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.Nos últimos anos, a festa comemorativa do Dia Da Mulher é aproveitada por muitas delas, de todas as idades, para sair de casa e festejar com as amigas, em bares e discotecas, o dia que lhes é dedicado, enquanto os homens ficam em casa a desempenhar as tarefas que, tradicionalmente, lhe são imputadas: arrumar a casa, fazer a comida, tratar dos filhos...Se a sua esposa, irmã, mãe ou avó ainda é daquelas que, não obstante as suas tarefas laborais no exterior, ainda encontra tempo e paciência para que nada lhe falte, o mínimo que poderá fazer será aproveitar este dia para lhes transmitir o seu apreço. Um ramo de flores, mesmo que virtual, será, certamente, bastante apreciado. Mas não se fique por aqui. Eternize este dia, esquecendo mentalidades preconcebidas, colaborando mais com elas nas tarefas diárias e olhando-as de igual para igual em todas as circunstâncias.




Feliz Dia Mulheres!









Plena mulher,

maçã carnal,

lua quente,

espesso aroma de algas,

lodo e luz pisados,

que obscura claridade se abre entre tuas colunas?

que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,

com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:

amar é um combate de relâmpagos e dois corpos por um so mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,

tuas margens, teus rios,

teus povoados pequenos,

e o fogo genital transformado em delícia corre pelos tênues caminhos do sangue até precipitar-se como um cravo noturno,

até ser e não ser senão na sombra de um raio.


Pablo Neruda

quinta-feira, 5 de março de 2009





Talvez no mar eu encontre o espelho de mim...

E ao avaçar da aurora descubro que a fuga... onde me refugío de tudo...

...talvez.. lá...

"Gastamos tudo... menos o silêncio..."



Subtilmente,

a lagrima escorreu-lhe pelo rosto e deixou um rasto de luz, salgada...

correu...

caminhou,

ora rapida ora vagarosa,

mas deslizou até ao infinito..

Até à imortalidade...

la só lá,

onde a noite é uma constante,

onde a lua adormece

e o sol acorda!

Ausência...


Sabes…Como me dói a tua ausência?
Queria dizer-te tantas palavras que me vêm ate aos lábios…
Mas a dor é maior… e não me deixa falar…
Sei agora, que já te perdi…
Perdi a ultima esperança de um dia te poder voltar a ter,
Agora dói o saber que é uma verdade,
Que te deixei de ter,
Que nunca mais te voltarei a ter…
Dói-me tudo… de mim, em ti…, de ti… em mim…
Arrancaram – me uma parte de mim…
Tu eras uma parte de mim.
Tu eras essa parte, e fazes-me falta!
Sinto a imensidão do mundo à minha volta… e sinto o quanto sou pequena
No meio de tudo isto… faltas-me tu!
Deixaste-me o cheiro do teu rosto, uma vez mais…
O sabor dos teus beijos… quentes, meigos e famintos… de nós!
e… o encanto de poder adormecer embalada pelo calor do teu peito,
pelo teu cheiro,
pelo teu abraço forte,
por ti!
A dor é grande, meu amor
E deixa uma angústia crucificante
Não sei já de mim, sem ti
Não sei já de nós
Quero amar-te e não te tenho
… e tenho uma sede infinita de ti…
De nós…
E não consigo evitar,
… mas eu amo-te!

Daniel Bedingfield - If You're Not The One

quarta-feira, 4 de março de 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

Arte... de Viver...



"(...) Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passava de um sinal de que estava indo contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo a isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa;e que até pode não estar preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!! "

Charles Chaplin