quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um dia...



Um dia vais procurar no infinito e verás apenas uma estrela dizendo que fui embora.
Pedir-lhe-ás que te mostre o caminho, mas será inútil, pois apagarei as minhas pegadas com a minha dor,
mas não quero esquecer... para que me lembre que esse amor terá que morrer no passado.
Um dia a saudade ferirá o teu peito, não que ainda tenha sido importante para ti, mas porque fui inútil na tua vida.
E quando precisares de alguém nos momentos decisivos da tua vida, encontrarás apenas o vazio.
Certamente lembrar-te-ás de mim, e dos teus olhos,
caírão lágrimas de sangue.
Um dia buscarás a minha poesia no pôr-do-sol e no despertar da lua, mas encontrarás apenas o silêncio e perguntarás: onde estás?
E respostas não terás, porque até mesmo a natureza se negará a dizer.
Um dia quando os teus sonhos forem derrubados pela incompreensão, sentirás no peito a flecha do arrependimento por não teres amado quem muito te amou.
A verdade é que um dia sentirás a minha falta, mas será inútil chorar, pois as tuas lágrimas não me trarão de volta, porém, farei delas um rio e navegarei para longe do porto onde estiveres.
Deixarei apenas a saudade para que ela te acompanhe onde andares. E ela te mostrará o quanto minha presença te faz falta.

Sem comentários: