
"(...) Quando me amei de verdade,
compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então, pude relaxar...
Quando me amei de verdade,
pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional,
não passava de um sinal de que estava indo contra as minhas verdades.
Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida fosse diferente
e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa;
e que até pode não estar preparada, inclusive eu mesmo.
Quando me amei de verdade
comecei a livrar-me de tudo que não fosse saudável...
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo.
De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Quando me amei de verdade,
deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos,
abandonei os projectos megalomanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão e,
com isso, errei muito menos vezes.
Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro.
Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando a coloco ao serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Charles Chaplin