Numa tarde sem tempo...
Debruço o pensamento na tua direcção
e não vislumbro o teu rosto,
algo ou alguma coisa de estranho, convence-me que exististe,
talvez,
tenhas feito um gesto,
talvez um som,
talvez tenhas sorrido,
neste tempo onde não te reconheço nem invento uma expressão,
rasgo a neblina que te esconde,
espreito em busca de um rosto,
um rosto, onde os lábios contrastem com o olhar...
Procuro um rosto...
que prove a nossa breve existência...
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