segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Tanto é esse minuto suspenso no ar

O sufoco que se prende nos passos

O beijo carregado de pedaços

De tanta memória para deixar voar...

Tanto é esse suspenso minuto cantado

Onde o tempo morre e permanece

Onde somos poder e prece

De tanto o futuro ainda ser passado...

Tanto é cada silêncio do teu nome outra vez saudade.

Novamente eterno.

Outra vez suspiro preso no calor do Inverno.

De tanto ser este tanto que me consome...

Tanto é o poema aberto em mim

O mistério e a estrada da falésia em flor

O bater das ondas dentro do peito e o amor

De tudo ser tanto e nunca ter fim..."

Pedro Branco

DasPalavrasAtravésdosOutros

4 comentários:

Anónimo disse...

Entendes que o diga...
O grande amor da minha vida, tornou-me a pessoa mais feliz do mundo!
Foram anos de felicidade...até que um dia, como por feitiçaria tudo se desmoronou!
E a vida com sentido, deixou de o ter...mas sempre por perto, de mansinho fui vendo e ouvindo...mas o tempo de hoje, já não é o tempo de outrora...e parti!!!
Tão de mansinho como tinha ficado...
Continua esta sensação a que um dia alguém chamou amor...mas também esse um dia partirá de mansinho...
Tal como tu...ficaste...cá dentro de mansinho....!
E agora vou...sem rumo, mas sabendo que também tu vais...á procura do teu!!!
Fica-me de memória o principezinho...tu sabes porquê!!!

Feiticeira disse...

"Tanto é esse minuto suspenso no ar"...
Tanto é esse tempo... onde o proprio tempo morre...

No entanto, tudo o que é importante permanece, para alem da dor, da memoria, da alegria...

seja ele tempestade ou bonança...

O que importa é o que foi...e o rasto que deixou...


Sempre...

casa da poesia disse...

lindo!...

"vendo tudo quanto tenho"...???

Feiticeira disse...

Boa noite... casa da poesia, obrigado pelo comentario e tb pela visita a este meu "modesto" espaço.

Vivo tudo o que tenho... e não possuo...

Aspiro à mais sublimes das alquimias... num gesto,
numa palavra,
no silencio esperado... de um simples olhar...

Obrigado...

Feiticeira