domingo, 30 de novembro de 2008


Procuras meu reflexo na água
Então percebes...

Hoje sou noite, sou as estrelas,
Hoje sou lua.
Desnuda em força
Sou pura essência.
Eu sou Mulher.

Tornei-me noite,
tornei-me estrela,
Tornei-me lua.

Sou os teus sonhos,
Teus devaneios.
Tua saudade,
Sou a lembrança, sempre presente,
Em cada gesto, em cada cheiro, cada lugar.

O meu canto, o meu chamado tu ouvirás.
Mas sou quimera...
Meu canto, o das sereias...
Tua busca será eterna,
Mas nunca me alcançarás...

sei de cor




sei de cor cada lugar teu
atado a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num dsfgds gsó

Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas

Das montanhas dos instantes


Basta-me um pequeno gesto,

Feito de longe e de leve, para que venhas comigo

E eu para sempre te leve...

mas esse eu não farei.

Uma palavra caída

Das montanhas dos instantes

Desmancha todos os mares

E une as terras mais distantes...



palavra que não direi.



Para que tu adivinhes,

Entre os ventos taciturnos,

Apago os meus pensamentos,

Ponho vestidos nocturnos,

... que amargamente inventei.

E, enquanto me descobres,

Os mundos vão navegando

Nos ares certos do tempo

Até não se sabe quando...

... e um dia me acabarei.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Á tua espera...




Para te indicar o rumo
para te mostar como chegar a mim e só a mim

Segue a luz... e encontrar-me-ás...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


Tornaste-te, inantingível!
Ergueste à tua volta, uma muralha, que apenas a alguns é dado o direito de transpôr...
tranformaste as lagrimas em duras pistas de gelo
as tuas palavras, outrora meigas e plenas de ternura; agora são duras e secas sem significados, nem significações...
A tua boca, quente, que aquecia a minha e me escaldava o corpo e as minhas noites; fechou-se... para mim
O teu corpo deixou de me procurar
o teu aroma, não se confunde já com o meu
distante de ti,
longe do teu corpo
a milhas de distância dos teus beijos
morro lentamente na sombra dos séculos que vivi...
a amar-te... assim sem mais!

Pandora
Junho 2008

A tua ausência

Sabes…Como me dói a tua ausência?
Queria dizer-te tantas palavras que me vêm ate aos lábios…
Mas a dor é maior… e não me deixa falar…
Sei agora, que já te perdi…
Perdi a ultima esperança de um dia te poder voltar a ter,
Agora dói o saber que é mesmo uma verdade,
Que te deixei de ter,
Que nunca mais te voltarei a ter…
Dói-me tudo… de mim, em ti…, de ti… em mim…
Arrancaram – me uma parte de mim…
Tu eras uma parte de mim.
Tu eras essa parte, e fazes-me falta!
Sinto a imensidão do mundo à minha volta… e sinto o quanto sou pequena
No meio de tudo isto… faltas-me tu!
Deixaste-me o cheiro do teu rosto, uma vez mais…
O sabor dos teus beijos… quentes, meigos e famintos… de nós!
e… o encanto de poder adormecer embalada pelo calor do teu peito,
pelo teu cheiro,
pelo teu abraço forte,
por ti!
A dor é grande, meu amor
E deixa uma angústia crucificante
Não sei já de mim, sem ti
Não sei já de nós
Quero amar-te e não te tenho
… e tenho uma sede infinita de ti…
De nós…
E não consigo evitar,
… mas eu amo-te!


Pandora
Junho 2008

domingo, 23 de novembro de 2008







As palavras que nunca te direi...


Somos parte da história, parte do conto..
ás vezes bonito, outras de mágoa e solidão...
talves uma outra forma de existires em mim...

Cruzaste o meu caminho.. deixei-te entrar primeiro de mansinho...´
depois... com ansiedade e desejo...

Tu mostraste-me o outro lado da lua,
mostraste-me como é bom conhecer as marés,
como é facil amar o alvorecer,
como abraçar as noites,
como beijar os dias...
Mas
Tu desististe...
deixaste-me ír...
Não chamaste,
Não disseste,
Bastava um som,
uma pequena palavra...
Porque me deixaste no silêncio??
Somos parte de uma história, da nossa história... a que escrevemos
deitados na areia da praia...
a que vivemos dentro do olhar um do outro...

Tens razão... é uma delicia percorrer os campos de trigo...

Acho que te guardarei para sempre em mim...
Pode ate ter sido por mero acaso; que cruzaste a minha vida
mas, não foi por acaso que te deixei entrar nela e lá permanecer...
tu habitas em mim...
de todas as formas possiveis...
é uma forma de arte que construí com todas as palavras que não voltarei a dizer
tu sabes...
tu sabes de todas as madrugadas,
de todos os dias,
de todas as noites,
tu sabes de mim...
mas eu não sei de ti...
tu habitas em mim, sim...mas tu,
não me deixas habitar em ti...
viajo no teu corpo,
no teu olhar,
no teu calor e devoro o teu cheiro como o oxigénio da vida, da minha vida...

Pergunto por ti em todos os portos de abrigo...
mas tu ja não estas, passaste... ja foste...
e a ansia de te encontar,
de te ver,
de te sentir,
tolda-me o pensamento,
turva-me o raciocinio,
e faz-me desejar ainda mais...

TU SABES...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um dia...



Um dia vais procurar no infinito e verás apenas uma estrela dizendo que fui embora.
Pedir-lhe-ás que te mostre o caminho, mas será inútil, pois apagarei as minhas pegadas com a minha dor,
mas não quero esquecer... para que me lembre que esse amor terá que morrer no passado.
Um dia a saudade ferirá o teu peito, não que ainda tenha sido importante para ti, mas porque fui inútil na tua vida.
E quando precisares de alguém nos momentos decisivos da tua vida, encontrarás apenas o vazio.
Certamente lembrar-te-ás de mim, e dos teus olhos,
caírão lágrimas de sangue.
Um dia buscarás a minha poesia no pôr-do-sol e no despertar da lua, mas encontrarás apenas o silêncio e perguntarás: onde estás?
E respostas não terás, porque até mesmo a natureza se negará a dizer.
Um dia quando os teus sonhos forem derrubados pela incompreensão, sentirás no peito a flecha do arrependimento por não teres amado quem muito te amou.
A verdade é que um dia sentirás a minha falta, mas será inútil chorar, pois as tuas lágrimas não me trarão de volta, porém, farei delas um rio e navegarei para longe do porto onde estiveres.
Deixarei apenas a saudade para que ela te acompanhe onde andares. E ela te mostrará o quanto minha presença te faz falta.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sons da alma


Depressa nos apercebemos que quem nos faz sentir bem, ensina-nos a Amar

Quem luta por nós nem sempre é quem amamos

Até quando nos escondemos por detrás da máscara

Até quando vivemos um conto de fadas

Que jamais terá um final feliz…

O odor de mais um inverno... o céu tinge-se de nuvens pesadas

Tal qual a minha alma este inverno...

Sei que não sou eu quem ira aquecer os teus pés

Sei que não é comigo que partilharás os teus segredos e sei

Que a vida não ira permitir uma amizade

Mas até quando o meu coração irá acreditar

Que te reverá …

Até quando meus braços procurarão os teus

Quando terá minha alma descanso deste Amor sem espaço para existir

Mas que tanto me prende e faz sofrer

Procuro o teu olhar nos meus sonhos...

O teu colo em minhas fantasias

E ainda é contigo que faço amor sempre que adormeço

O cheiro da tua pele está entranhado em mim

O gosto dos teus lábios que os meus ainda não esqueceram

O calor de tua pele…


Enfim... todo o meu amor...por

... um sonho...!?!



Que o infinito me ensine pelo menos a sofrer menos...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hoje


Hoje rasgaria o tempo,
tornaria uma cinza numa imensa chama,
transformaria um constante rio numa tempestade de emoções,
colheria um malmequer e tudo faria para que fosse um girassol,
trocava um diamante por ti e procuraria uma estrela do mar para te dar.

Hoje decoraria mil e um poemas para te declamar,
pintaria um quadro com os traços da tua face,
oferecia-te o pleno de mim e do mundo,
escolheria o infinito ao certo horizonte e agarrava pedaços do vento que te embala na brisa.

Hoje mandaria no meu sonho,
aceitaria tudo o que quisesses,
tornava-me tua escrava sem retorno esperado,
roubaria um balão de ar quente e levava-te a conhecer as estrelas,
aconchegar-me-ia no teu peito como se não houvesse amanhã!

Fazes-me tanta falta!

A minha casa



Eu moro em ti e tu moras em mim.

Saímos todos os dias. Para o trabalho, para o café, para caminhar, mas voltamos de novo a casa, o nosso porto de abrigo.

Quando saio sinto a tua falta,
Há um pequeno vazio que só tu preenches.

Há alturas do dia em que tu queres voltar para casa e a tua casa chama por ti.
Pede o teu abraço, o teu calor e o teu cheiro.
Pede o teu olhar, o teu sorriso e as tuas mãos.

Regressamos.

Sim, a tua casa sou eu e tu és a minha casa.

O meu regaço é a tua cama e os teus braços são o meu cobertor.

Nos olhos um do outro vemos o nosso reflexo, vemos a nossa alma.

A tua boca e as tuas palavras são o meu alimento e as minhas mãos são a água fresca que buscas quando tens sede.

Ver o teu sorriso calmo e sincero é como ouvir a minha música preferida e tocares no meu rosto acalma o meu coração.

A minha imagem é o teu quadro mais belo e os meus olhos brilham tornando o nosso dia mais cheio de luz.

Sorrio porque é assim. Eu moro em ti e tu moras em mim.

De repente acordo. Tinha sido só um sonho.

Sim, sonhei que a minha casa era o teu coração.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Within Temptation - Forgiven




PARA O MUNDO, PODES SER APENAS UMA PESSOA... MAS,
PARA UMA PESSOA PODES SER O MUNDO...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Feiticeira

De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.

( Francisco Viana )

Feiticeira


Saber Amar..

E se tudo fosse: - "Eu amo- te.Tu amas-me ?" Resposta: "Amo".
Pronto!
Seria simples.
E foram felizes para o resto da vida...

Quando tal diálogo acontece e duas pessoas percebem que se amam, aí a dúvida e as confusão não terminam. Começam! Não está disposto na lei da vida que duas pessoas que se amam, saibam amar. O normal é as duas não saberem. Raro é as duas saberem. O habitual é uma saber e aguentar o rojão pela outra.

Saber amar! Quanta gente prefere viver com alguém que sabe amar, mesmo que não o ame! Quanto amor pode brotar da relação com quem sabe amar! Quem sabe amar, pode até realizar o milagre de acabar recebendo o amor de quem não o ama, ou ama e não sabe.

Saber amar é conhecer o amor como forma de arte. O amor é apenas um sentimento, enquanto que saber amar é uma criação, visão estética do amor. Tanto é flor na hora certa, como presente fora de hora. Saber amar implica conhecer sabedorias que o amor não sabe...
como esperar,
deixar fluir,
não invadir as dúvidas do outro,
não abafar nem impedir que a outra parte supere sozinha,
a angústia ou a dor que a oprime.

Quem ama desama junto. Quem sabe amar, por conhecer a medida exata dos orgulhos que valorizam o amor, suporta tal sentimento, desde que seja passageiro, é claro. Quem ama, quando cansa, pode voltar a amar. Quem sabe amar quando desliga é para sempre. É mais fácil o confronto com a pessoa que ama do que a quem sabe amar. Este, conhece tanto a importância do seu sentimento, que quando o retira, machucado, incompreendido ou ferido de morte, é para sempre.

Cuidado com quem ama! Mas cuidado maior com quem sabe amar! Quem perde um amor perde menos do que quem perde alguém que sabe amar.

Saber amar não é depender.
Saber amar é ter as reações certas,
é saber doar-se sem exigir o amor do outro;
é ocupar todo o seu lugar no espaço e no tempo do sentimento e da emoção do outro.


Saber amar é até saber desistir.

Saber amar é aquela parte que, partindo do amor, procura a parte do outro que um dia saberá amar. E quando encontra tem paciência, afecto e tolerância. A menos que descubra que ela não merece.
Porque saber amar
....é também ter a coragem das renúncias,
bravura raramente presente em quem, apenas, ama...



És metade de mim
Se por um instante Um arrepio percorrer o teu corpo e o teu coração bater descompassado...
Não se preocupe A culpa é toda minha Sou eu...
Pensando, desejando E querendo...


Às vezes é complicado...
É complicado entender e fazer-me entender...E mais complicado é saber desistir...

Hoje estou mesmo triste... nada de preocupante ou inoperante: apenas uma sensação presente, tipo lágrima no canto do olho que como não cresce não cai...



Que todos aqueles que eu amo possam sentir o meu pulsar.
O meu silencioso carinho e meu eterno amor a brilhar.
Que todos aqueles que me olharem possam sob mim dançar e cantar,
possam festejar e brincar à luz do luar.
Que todos aqueles que me chamam possam minha voz escutar através dos quatro ventos e através do anoitecer a tilintar.
Que todos aqueles que me celebram possam em mim encontrar os segredos e as respostas para tudo que temem e possam fluir como o mar.
Que todos aqueles que me amam sejam abençoados com minha luz..possam brindar e sejam sempre fagulhas da luz do luar.