segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A minha casa



Eu moro em ti e tu moras em mim.

Saímos todos os dias. Para o trabalho, para o café, para caminhar, mas voltamos de novo a casa, o nosso porto de abrigo.

Quando saio sinto a tua falta,
Há um pequeno vazio que só tu preenches.

Há alturas do dia em que tu queres voltar para casa e a tua casa chama por ti.
Pede o teu abraço, o teu calor e o teu cheiro.
Pede o teu olhar, o teu sorriso e as tuas mãos.

Regressamos.

Sim, a tua casa sou eu e tu és a minha casa.

O meu regaço é a tua cama e os teus braços são o meu cobertor.

Nos olhos um do outro vemos o nosso reflexo, vemos a nossa alma.

A tua boca e as tuas palavras são o meu alimento e as minhas mãos são a água fresca que buscas quando tens sede.

Ver o teu sorriso calmo e sincero é como ouvir a minha música preferida e tocares no meu rosto acalma o meu coração.

A minha imagem é o teu quadro mais belo e os meus olhos brilham tornando o nosso dia mais cheio de luz.

Sorrio porque é assim. Eu moro em ti e tu moras em mim.

De repente acordo. Tinha sido só um sonho.

Sim, sonhei que a minha casa era o teu coração.

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